(Quase sempre uma ferramenta mal utilizada)
Optar
por estratégias de ensino-aprendizagem associadas a chamada aprendizagem ativa
é sem dúvida uma excelente opção para melhorar a aprendizagem dos alunos nas
aulas, tanto na educação básica como no ensino superior.
Existem
diversas propostas de enorme sucesso no mundo inteiro que se propõem a
transformar um grupo de alunos passivos no processo educacional em ativos,
participantes, questionadores, colaborativos. A exemplo destas podemos citar o
PBL - Problem Based Learning (Aprendizagem Baseada em Problemas), o famoso Peer
Instruction (Instrução pelos colegas) do professor Eric Mazur de Harvard,
Think-Pair Share (Pense-Par-Compartilhe), Cooperative Note-Taking Pairs
(Tomando notas cooperativamente em Pares), o Just-in-time Teaching (Ensino na
hora certa) do professor Gregor Novak ou o Flipped
Classroom (sala de aula invertida).
Após
testar todas elas durante seis anos, com mais de três mil estudantes do ensino
médio, especificamente em aulas de Física e Matemática, foi possível
identificar diversos elementos destas propostas que são totalmente aplicáveis aos
estudantes do Brasil, dada a realidade diferenciada em relação aos países de
origem das propostas.
No
entanto, cabe salientar que aprendizagem ativa não é simplesmente colocar os
alunos a desenvolverem atividades em grupo. É fundamental a mediação do
professor durante o processo, questionando, estimulando, ouvindo, provocando,
guiando seus alunos para que a tão citada aprendizagem significativa aconteça.
Para
tanto são necessárias estratégias que ativem os conhecimentos prévios dos
alunos e que estes conhecimentos prévios sejam relacionados com os novos
conteúdos que esta sendo trabalhado, para então, feitas as relações, aconteça à
aprendizagem. É ir do que o aluno já sabe, ao conflito com o novo, à
assimilação (incorporação) do novo conhecimento.
E
é justamente neste processo que o professor tem a grande oportunidade de ir
conhecendo as concepções dos seus alunos, as dúvidas e dificuldades destes (ir
avaliando) e assim antecipadamente ir corrigindo ponto a ponto o que na prática
só seria detectado quando em geral já é tarde, ou seja, na avaliação.
Por
isso, através da aprendizagem ativa é possível antecipar os problemas que
apareceriam no momento da avaliação formal e assim evitar que estes aconteçam.
Seguramente os alunos se sairão bem melhor na avaliação e se sentirão mais
motivados com o processo de ensino aprendizagem.
Segundo
pesquisas científicas realizadas é possível melhorar em até 20% o rendimento
dos alunos com a utilização das estratégias ativas de ensino aprendizagem com
foco em uma avaliação antecipada da aprendizagem.
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