24 de ago. de 2017

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO COMO ESTRATÉGIA PARA A CONCRETIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NO AMBIENTE ESCOLAR NO ENSINO DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA

Em toda a história da humanidade é possível perceber que o planejar sempre fez parte da realidade humana. O homem quase sempre pensou as suas ações, utilizou a razão na tomada de decisões que lhe fossem mais favoráveis ou ao seu grupo social. O ato de imaginar, pensar, não deixa de ser uma forma de planejamento.

“O planejar é uma realidade que acompanhou a trajetória histórica da humanidade. O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua vida.” (Menegolla, San’tAnna, 2001, p.15).


https://issuu.com/sandroprass/docs/artigo_planejamento_2017

Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky na prática - Como a técnica “Peer Instruction” de ensino e aprendizagem coloca os alunos a favor da (sua própria) aprendizagem?

28 de jul. de 2017

The Planning as a Fundamental Framework for the Construction of Knowledge and the Promotion of Meaningful Learning

This article discusses the construction of knowledge and the promotion of meaningful learning through planning education as a fundamental framework for such learning. We live in numerous situations involving planning our actions as educators in a school setting can not distance ourselves from it. We try to plan our classes, recreational activities, professional, social and various other activities that we developed in the course of our day-to-day commitments. Thus, we find that all human actions require planning so they are well executed and can achieve a certain success. The planning of teaching is to the teacher guiding the actions that are necessary for the process of teaching, learning is meaningful, and that the desired results are achieved. The planning in schools requires systematic interdisciplinary actions and seamlessly between the curricular components of each area of knowledge, and also between areas according to the National Curricular Parameters and not just in isolated curricular components. There are several difficulties encountered by teachers in structuring the proposed plan, but we can not look at him as just a bureaucratic activity to be accomplished.

26 de jul. de 2017

A influencia da memória de longo prazo no desempenho escolar: um estudo do Testing Effect

Relato de pesquisa:

“Testing Effect” refere-se à descoberta de que a memória de longo prazo é aumentada através de estratégias de ensino aprendizagem diferenciadas e propositalmente estruturadas para converter informações da memória de curto prazo em conhecimentos na memória de longo prazo. O Testing Effect tem seus resultados publicados desde 1917 por Gates. Neste trabalho apresentaremos alguns resultados experimentais de uma pesquisa realizada (no Brasil) com dois grupos de alunos do 1º ano do ensino médio em 2017, na disciplina de Física.

A pesquisa foi baseada nos estudos do professor Thomas C. Toppino (PhD) do Department of Psychology Villanova University, Pensilvania – USA.
Numa análise estatística de resultados é possível perceber a diferença quantitativa dos resultados por faixa de rendimento. Sendo que a queda dos resultados classificados como BAIXOS (RUINS) foi de 73%, e os ditos BONS RESULTADOS aumentaram em 233% e os ditos ÓTIMOS aumentaram 100%.



9 de abr. de 2017

UEPS DE FÍSICA: EXPERIMENTOS COM O USO DE APLICATIVOS, TABLETS E SMARTPHONES

O objetivo deste artigo é apresentar uma UEPS- unidade de ensino potencialmente significativa experimental que utiliza tablets e smartphones no estudo de fenômenos ondulatórios, no estudo do som, que foi aplicada a professores de Ciências e Física de escolas públicas durante o III Simpósio de Ensino de Ciências e Matemática da Serra Gaúcha (III SECINSEG), promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática e pelo projeto Engenheiros do Futuro e organizado pelo Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade de Caxias do Sul (UCS) junto com a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE/RS). São apresentadas três atividades experimentais, em que foi utilizado o aplicativo para tablets e smartphones com sistema operacional Google Android, ambos gratuitos e de fácil acesso. 

30 de mar. de 2017

Peer Instruction no Brasil


Matéria que participamos divulgada pelo SINEPE do PR sobre a nossa experiência com o Peer Instruction. Um resumo bem pontual do assunto.


20 de mar. de 2017

Para enriquecer a aprendizagem: Peer Instruction

(matéria publicada no site do SINPRO - DF)

    Prof. Eric Mazur, Harvard.

Um dos principais objetivos dos professores sempre foi o progresso de seus alunos, algo que nem sempre é possível por meio das pedagogias tradicionais. Ao notar que a aprendizagem dos estudantes de Física ficava bem aquém do desejado, o professor e pesquisador de Harvard, Eric Mazur, começou a elaborar, em meados dos anos de 1990, o método de educação por pares (peer instruction, em inglês). “A educação por pares engaja os estudantes durante a aula por meio de atividades que requerem que cada um estude os conceitos principais que estão sendo apresentados e depois explique esses conceitos para seus colegas. Em vez da prática comum de fazer questões informais durante uma apresentação, o que tipicamente envolve alguns poucos alunos altamente motivados, o processo mais estruturado de estudos da educação por pares envolve todos os estudantes da turma”, descreve Mazur, em artigo publicado em 2001.

19 de mar. de 2017

COMO LEVAR A APRENDIZAGEM ATIVA PARA A SALA DE AULA?

(texto produzido por solicitação do Sinepe/RS em março/2017)

   Após quase sete anos de pesquisa e prática sobre as estratégias de ensino aprendizagem ditas ativas que fazem sucesso no mundo (tipo o Problem Based Learning, Peer Instruction ou o Just-in-time Teaching), percebi que nenhum dos conjuntos de estratégias se adequava integralmente a realidade de sala de aula aqui no Brasil. Daí, após os testes, comecei a formatar um modelo adaptado à nossa realidade cultural, aproveitando o que funcionou bem em cada uma das estratégias estrangeiras.
      Através de estratégias ativas de ensino é possível romper com a ideia de que as aulas são apenas momentos de transferência de informação do professor para os alunos e na prática melhorar muito os níveis de aprendizagem. Identifiquei um aumento de até 10% na média das notas das turmas nos primeiros testes e em mais de 100% na quantidade de notas altas (próximas do gabarito das provas), além da melhoria nos resultados em indicadores externos (Enem, simulados e vestibulares).
     Dentre inúmeras dicas possíveis destaco algumas, como a de fazer uma introdução ao conteúdo que será estudado e ir passando a palavra aos alunos para que possam ir expressando seus conhecimentos prévios a cerca do tema e em seguida, organizando estes conhecimentos prévios apresento o novo conhecimento, permitindo que os alunos façam associações, questionamentos e propostas sobre o tema. Eles costumam levantar situações muito pertinentes e algumas inclusive erradas que certamente iriam influenciar negativamente no momento da avaliação se persistissem.
     Mediando as discussões entre o velho e o novo conhecimento sempre vou lançando algumas questões, perguntando, me fazendo de bobo, de desentendido pra vê-los construir e reconstruir linhas de pensamento. Quanto mais aprimorado o que eles falam, perguntam ou propõem, ais eles entendem o conteúdo. É a técnica do “como assim?”, “Não entendi”.
      Dependendo do tema costumo solicitar aos alunos que pesquisem o conteúdo em casa para iniciarmos a próxima aula. O resultado quase sempre é surpreendente, eles contribuem tanto que sobra pouco pra eu explicar. Basicamente eu só vou organizando as contribuições deles. É fazer os alunos construírem ativamente a aula que eu iria dar sozinho no modelo tradicional. No inicio alguns se dedicavam a essas pesquisas, mas com a competitividade natural que existe entre eles por falar, por participar da aula, em pouco tempo a maioria se prepara e quer contribuir com alguma coisa, nem precisa dar nota pra isso.
      Em vista das falas e dos questionamentos dos alunos consigo perceber a maioria dos erros de interpretação, de cálculos ou conceituais existentes entre meus alunos e assim fazer a correção a tempo. Caso contrário eu só descobriria na prova que eles não haviam entendido tal coisa.
      Gradativamente fui incorporando estratégias ativas de ensino aprendizagem na minha forma de ensinar e percebendo o salto na qualidade da aprendizagem e das relações com os alunos, pois mais motivados, contentes com suas participações nas aulas e com as notas, tornaram as aulas momentos de maior prazer e realização para todos nós. É comum ouvir alguém dizer ao ouvir o sinal ”mas já”, “nem percebi o tempo passar”, “fica mais um período professor”, entre outras.
      Em congressos e jornadas pedagógicas que participo e falo deste tema é comum me perguntarem se a aprendizagem ativa serve para qualquer disciplina ou apenas para a Física? Acompanho a experiência de professores de todas as disciplinas, da educação infantil ao ensino superior, do ensino público ao privado, que trabalham com sucesso tais estratégias de ensino, pois toda a aprendizagem sempre tem como ponto de partida o que o aluno já sabe.

5 de mar. de 2017

A avaliação diagnóstica como ferramenta de aprendizagem na aprendizagem ativa

(Quase sempre uma ferramenta mal utilizada)

Optar por estratégias de ensino-aprendizagem associadas a chamada aprendizagem ativa é sem dúvida uma excelente opção para melhorar a aprendizagem dos alunos nas aulas, tanto na educação básica como no ensino superior.
Existem diversas propostas de enorme sucesso no mundo inteiro que se propõem a transformar um grupo de alunos passivos no processo educacional em ativos, participantes, questionadores, colaborativos. A exemplo destas podemos citar o PBL - Problem Based Learning (Aprendizagem Baseada em Problemas), o famoso Peer Instruction (Instrução pelos colegas) do professor Eric Mazur de Harvard, Think-Pair Share (Pense-Par-Compartilhe), Cooperative Note-Taking Pairs (Tomando notas cooperativamente em Pares), o Just-in-time Teaching (Ensino na hora certa) do professor Gregor Novak ou o Flipped Classroom (sala de aula invertida).
Após testar todas elas durante seis anos, com mais de três mil estudantes do ensino médio, especificamente em aulas de Física e Matemática, foi possível identificar diversos elementos destas propostas que são totalmente aplicáveis aos estudantes do Brasil, dada a realidade diferenciada em relação aos países de origem das propostas.
No entanto, cabe salientar que aprendizagem ativa não é simplesmente colocar os alunos a desenvolverem atividades em grupo. É fundamental a mediação do professor durante o processo, questionando, estimulando, ouvindo, provocando, guiando seus alunos para que a tão citada aprendizagem significativa aconteça.
Para tanto são necessárias estratégias que ativem os conhecimentos prévios dos alunos e que estes conhecimentos prévios sejam relacionados com os novos conteúdos que esta sendo trabalhado, para então, feitas as relações, aconteça à aprendizagem. É ir do que o aluno já sabe, ao conflito com o novo, à assimilação (incorporação) do novo conhecimento. 
E é justamente neste processo que o professor tem a grande oportunidade de ir conhecendo as concepções dos seus alunos, as dúvidas e dificuldades destes (ir avaliando) e assim antecipadamente ir corrigindo ponto a ponto o que na prática só seria detectado quando em geral já é tarde, ou seja, na avaliação.
Por isso, através da aprendizagem ativa é possível antecipar os problemas que apareceriam no momento da avaliação formal e assim evitar que estes aconteçam. Seguramente os alunos se sairão bem melhor na avaliação e se sentirão mais motivados com o processo de ensino aprendizagem.

Segundo pesquisas científicas realizadas é possível melhorar em até 20% o rendimento dos alunos com a utilização das estratégias ativas de ensino aprendizagem com foco em uma avaliação antecipada da aprendizagem.

19 de fev. de 2017

Estratégias ativas de ensino-aprendizagem


Artigo publicado nas atas digitais do Seminário Internacional de Práticas Pedagógicas Inovadoras, em 4 de outubro de 2016, em Curitiba. Link (artigo na página 170): Artigo Aprendizagem Ativa

Seminário Nacional Investigando Práticas de Ensino e Seminário Internacional de Práticas Pedagógicas Inovadoras 2016

Realizado no dia 4 de outubro de 2016, nas dependências da Universidade Positivo, a 4ª edição do Seminário Nacional Investigando Práticas de Ensino em Sala de Aula e, no mesmo evento, em parceria com o Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, a 2ª edição do Seminário Internacional de Práticas Pedagógicas Inovadoras.
O evento teve como diferencial as alternativas de participação nas modalidades presencial e on-line. Estiveram presentes participantes de escolas conveniadas ao SPE, de municípios conveniados ao Sistema de Ensino Aprende Brasil e de outras instituições do Brasil, de Portugal e de outros países.
Link para as ATAS digitais dos trabalhos apresentados ATAS DIGITAIS

12 de fev. de 2017

A PRÁXIS NA CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Como o próprio psicólogo Lev Semenovich Vygotsky já afirmava: “o saber que não vem da experiência não é realmente saber”. Assim, entendo que o processo de aprendizagem mais significativo requer participação mais ativa e estimulante do professor e do meio, como mediador do aprendizado. Por isso, a importância da compreensão dos mecanismos que envolvem a aprendizagem é tão importante por parte dos docentes, seja pela explicação, experimentação ou pela descoberta.
Essa descoberta a que me refiro não uma descoberta do tipo extraordinária, incrível ou inédita. Refiro-me às pequenas hipóteses, elaboradas pelos alunos quando em um ambiente de experimentação. Onde os mesmos tem a liberdade de discutirem as possibilidades e experimentarem as suas hipóteses a fim de verificarem a validade das mesmas. Pois quando desta atividade o aluno está na verdade construindo conhecimento, ou reconstruindo a partir do que eles sabem, fazendo ganchos nos seus conhecimentos prévios (subsunçores de Ausubel) e discutindo possibilidades para que desta prática eles possam quando for realmente necessário saberem realmente como proceder para resolver um problema ou propor uma teoria.
Os alunos estão muito acostumados ou condicionados a darem respostas prontas quando questionados e creio que seja por que não seja propiciado situações onde ele possa elaborar ou discutir as suas ideias. Onde ele possa ser ativo na elaboração de teorias, mesmo que momentaneamente equivocadas. O medo é tão grande de tentar que eles nem arriscam.
Conforme o professor Pedro Demo “As pessoas não constroem conhecimento; elas, na verdade, reconstroem a partir do que já existe e já se sabe. O que o aprender significa? Não é só reconstruir conhecimento, é também forjar o sujeito capaz de ser o dono do seu conhecimento, ser autônomo em seu conhecimento”. (Pedro Demo, Jornal do Brasil, 2000)
Também concordo plenamente com o professor Moacir Gadotti da Unicamp que afirma que “a educação é antes de mais nada, ação, práxis, decisão. E falar “sobre” a educação sem esse pressuposto é trair a própria natureza da educação” (GADOTTI, 1982). Por isso, como docente da área da ciência, da tecnologia e da matemática entendo que devamos dar essa oportunidade para que o processo de desenvolvimento da capacidade de construção do conhecimento aconteça nos nossos educandos. Consoante a Paulo Freire, onde diz que “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

Professor gaúcho descomplica a Física em sala de aula


Fórmulas aparentemente sem solução, conceitos complexos e teorias indecifráveis são capazes de provocar pânico nas salas de aula. A metodologia do ensino de Física, nos últimos anos, está sendo questionada em várias partes do mundo – inclusive no Brasil – porque o objetivo principal do ensino da disciplina não é que os alunos decorem o conteúdo, mas que compreendam e desvendem os mistérios e os fenômenos que ocorrem na natureza. E é exatamente isso que acontece no Colégio Murialdo, em Caxias do Sul (RS).

Continua . . . 

Abaixo alguns link de sites que replicaram a matéria na íntegra.

http://www.segs.com.br/educacao/51264-professor-gaucho-descomplica-a-fisica-em-sala-de-aula.html
http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=336252
http://www.centralpress.com.br/professor-gaucho-descomplica-a-fisica-em-sala-de-aula/
http://paranashop.com.br/2017/01/professor-gaucho-descomplica-a-fisica-em-sala-de-aula/
http://www.redesul.am.br/noticias/especiais/31-01-2017/professor-caxiense-apresenta-metodologia-de-ensino-que-descomplica-a-fisica